segunda-feira, outubro 10, 2011

Quando aconteceu... em 9 de Outubro

Eu aprendi a dar os primeiros passos. A engatinhar, a segurar, a começar do zero.
E não é fácil.
Mas quando se precisa de algo, lutar por sua independência, é inevitável permanecer na mesma situação. Somos obrigados a ir adiante.

Lembro-me das vezes que eu precisei chorar. Que senti medo. Que temi ao presente, ao futuro. E a morte.
De quando me sentia tão só. De quando nada parecia ter sentido algum. Uma dor imensa no peito. Algo sem explicação. Talvez todo ser humano tivesse fadado a isso. Assim me convenci por um bom tempo. Até que eu enxerguei.

Enxerguei uma vida de qualidade, uma vida esperaçosa, uma vida a qual jamais pensei que pudesse existir. Hoje eu desfruto dela. E o porquê...

Eu não mereço, não tenho méritos.

Talvez pense você que eu viva num castelo, rodeada de perfeição, onde tudo parece ser fácil.

Eu aprendi que para tudo na vida se paga um preço. E que são poucos os dispostos - por isso poucos são bem sucedidos.

Dia 9 de Outubro foi o dia em que eu lutei contra tudo: contra a medicina que dizia não haver a possibilidade de existência sob ma situação de eclâmpsia, sob um parto prematuro em tempo inferior a 6 meses, contra a voz da razão e da experiência. Foi por um milagre que eu cheguei até aqui.

Não poderia deixar de escrever o quando me sinto feliz e realizada, embora uma situação em especial tenha me preocupado - por isso tenho minha fé e agradeço por ter amigos! - pois sei que posso permanecer inabalável e seguir confiante, sem depender da sorte, da misericórdia ou da compaixão de alguém.

Hoje sou livre: tenho uma fé que me sustenta, e não duvido um instante sequer que tudo dará certo.

Isso ontem, amanhã, ou em 9 de Outubro.

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